quarta-feira, 15 de abril de 2009

Adivinhas.

Os textos apresentados são resultantes de uma recolha feitas pelas alunas Sandra Jardim, natural da freguesia da Boaventura e Sandra Natália, natural da freguesia do Seixal, do 10º ano lectivo 2003/2004.
Estes trabalhos surgem na sequência de uma actuação feita nesta escola pelo grupo musical Xarabanda que, no âmbito da Literatura Oral e Tradicional, aceitou o convite do grupo de professores de Português, no sentido de ajudar a sensibilizar os alunos para a riqueza e importância do património popular e tradicional presente não só na literatura como também na música. O momento vivido ficou, creio, gravado para sempre na memória e no ouvido de todos aqueles que o presenciaram.


Adivinhas.

Lucinda Jardim -76 anos.
Junqueira, Porto Moniz.


Sou pequenina e redondinha
sem ser ovo de galinha
Tenho camisa e casaco
sem remendo nem buraco
Nasci de uma riçada
O meu nome é uma pancada
Dou um estoiro como um foguete
se alguém me mete no lume quente
Arrebento constantemente
na boca de um imprudente

R: A castanha.



Águas claras
Fontes amarelas
Casas caiadas
Ninguém mora nelas.

R: O ovo.


Verde foi o meu nascimento
E de luto me vesti
para dar luz ao mundo
Mil tormentos padeci.

R: A azeitona.


Irmãzinhas, loiras ou morenas
Verdejante, verdejante
Aconchegadas em conjunto de sua mãe
hão de chorar lágrimas
Que o mundo há de rir e apreciar.

R: As uvas.



In Xarabanda revista 15.

3 comentários:

  1. A parte do corpo da mulher que cheira a anona é o nariz (como em toda a gente)

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  2. A resposta à adivinha colocada no post anterior:

    Entra-se na casinha,
    pega-se na coisinha,
    mete-se na rachinha,
    e faz-se uma conversinha.

    Cabine telefónica.

    Cumprimentos
    Henrique Freitas

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