sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Telefonias 11 Nov. 09

. Palavra do dia.

Mamata
(mamar + -ata) s. f.

1. Empresa ou administração pública em que políticos e funcionários protegidos auferem lucros ilícitos.

2. Exploração ou lucro que resulta de suborno ou tráfico de influências. = comilagem, ladroagem

3. Pop. Negociata, roubo.

4. Emprego lucrativo sem grande esforço. = , mama, sinecura, teta, tribuneca, veniaga

5. Ganho ou coisa pouco lícita. = expediente, marosca

6. Propina.

7. Comezaina.

In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa on line .



D. Ximenes Belo, antigo Bispo de Díli e Nobel da Paz, chega hoje à Madeira para presidir ao lançamento do livro “Gentio de Timor” e participar em várias iniciativas oficiais.

A D. Ximenes Belo é uma das personalidades timorenses mais notáveis do nosso tempo, ligadas ao processo de independência de Timor-Leste, tendo recebido o Nobel da Paz em 1996, juntamente com Ramos Horta.
A sua presença na Madeira (chega hoje ao fim do dia) prende-se com uma série da iniciativas relacionadas com a sua terra natal e a convite de várias entidades.
Às 18 horas celebrará missa na igreja de Câmara de Lobos, em homenagem às vítimas do massacre de Santa Cruz (cemitério de Timor-Leste, a 12 de Novembro de 1991).
A visita do antigo Bispo de Díli a Câmara de Lobos tem a ver particularmente com o lançamento do livro “Gentio de Timor”, da autoria do capitão Armando Pinto Correia (natural do Estreito de Câmara de Lobos), e que foi administrador de Baucau entre 1928 e 1934.
Trata-se de uma obra etnográfica e cultural de elevado significado para os timorenses e que agora é reeditada sob a coordenação de João Luís Gonçalves, com o patrocínio do Município camaralobense e prefácio de D. Ximenes Belo.
A apresentação desta obra está marcada para a próxima sexta-feira, às 15 horas, durante o Fórum da Associação de Escritores da Madeira que irá decorrer no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos.

In Jornal da Madeira.


. Assim ou assado:

plagiário (latim plagiarius, -ii)
adj. s. m.
Que ou aquele que plagia.

ou
plagiador
(ô)
s. m.
Plagiário.


plagiar -
v. tr. e intr.
Copiar ou imitar, sem engenho, as obras ou os pensamentos dos outros e apresentá-los como originais.

plagiato
s. m.
Acto de plagiar.

Telefonias 4 Nov. 09

.Regionalismos.

“Falares da Ilha” – Abel Marques Caldeira

Moleira – Cérebro.

Moleirinha – Fontanela Parte menbranosa das crianças de tenra idade.
"Anda, assopra a moleirinha da menina qu´ela deu-lhe no goto. "

Namora abóboras – Indivíduo namoradeiro.

Mês dui reis - Janeiro
Das Candeias - Fevereiro
De São José –Março
Da Páscoa – Abril
De Maria – Maio
De São João - Junho
De Santa Isabel - Agosto
Dai Vindimas - Setembro
Do Rosairo – Outubro
Dui Santos - Novembro
Da festa - Dezembro.


Com entrevista, em directo, a José Abel Caldeira, filho do autor de "Falares da Ilha".

Telefonias 28 Out. 09


.Regionalismos.

“Falares da Ilha” – Abel Marques Caldeira



Meia cana – Medida de 15 metros de terra.

Medo que fina – Ter muito medo. “O piqueno tem medo do pai que se fina…”

Melar – apodrecer pela raiz; quanto às plantas, o que sucede quando leva muita água.


É menino – Termo que se dá à pessoa esperta, inteligente. Artista. "O gajo p´ra jogar à bisca é menino!”

Menineiro – Aquele que nunca envelhece, que mostra sempre jovem. Diz-se também no feminino. -Menineira.


Mastrunça – Mulher mal apresentada, que não se sabe vestir. "És uma mastrunça, vai-te arranjar milhor.”
Boneca de trapos, mal amanhada. “Olha menina, a tua mastrunça que tá acolá no chão.”



. “Assim ou assado ".


Aceder ou acessar?

Qual é o verbo que corresponde à palavra acesso? Hoje usa-se com frequência acessar, estará correcto?

O verbo correspondente a acesso é aceder, pois acesso deriva do latim accessus que, por sua vez, deriva do verbo accedere, que originou o português aceder. O verbo acessar é uma criação mais recente, com origem no inglês to access, e é usado sobretudo no português do Brasil e apenas para o domínio da Informática.




. “Folhas…Deixe-as caídas à cabeceira.” - Sugestão de leitura:


As Avis.


Durante os cerca de 200 anos que durou a dinastia de Avis, que teve início com D. João I, Mestre de Avis, Portugal esteve na vanguarda da História Mundial. Neste período sentaram-se no trono português oito reis e o país conheceu nove rainhas consortes, mulheres que, muitas vezes na sombra, definiram também elas o rumo da História do reino. Filipa de Lencastre, a mãe da Ínclita Geração; Leonor de Aragão, a Triste Rainha, que foi obrigada a fugir para Castela após a morte do marido; Isabel de Lencastre, que assistiu impotente ao confronto entre o seu pai e o seu marido; Joana de Castela, conhecida como a Excelente Senhora, que, por questões políticas e dinásticas, foi enclausurada num convento; Leonor de Lencastre, que mandou construir o Convento de Madre Deus em Lisboa; Isabel de Castela, filha dos Reis Católicos de Espanha, que morreu ao dar à luz; Maria de Castela, consorte de D. Manuel I, com quem teve uma relação de cumplicidade; Leonor de Áustria, peça fundamental no jogo político do seu irmão, o imperador Carlos V; Catarina de Áustria, avó de D. Sebastião. A partir do olhar destas rainhas, a historiadora Joana Bouza Serrano dá-nos a conhecer os seus casamentos, que representavam verdadeiros trunfos nos jogos de poder político, os partos sucessivos para garantir a sucessão, a sua dedicação à cultura e às artes, as tradições e costumes da corte e os diferentes acontecimentos políticos que marcaram a dinastia de Avis.