quarta-feira, 3 de junho de 2009

Conta histórias com trava línguas.

Quando contas contos.


Quando contas contos
nunca contas que contas contos
nem que contos contas
contas contos
e que contos contas
a quem quer escutar
é da tua conta...
contam os contos que contas
contas com os contos
quando os contos contas
à conta de tanto conto contar
não contas com
que quando contas contos
contos contas e não te encontras.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dia da Criança.

A criada lá de cima
É feita de papelão,
Quando vai fazer a cama
Diz assim para o patrão:
- Sete e sete são catorze,
com mais sete são vinte e um,
tenho sete namoradose
não gosto de nenhum.
-------------------------

Era uma vezum gato maltês.
Tocava piano
Falava francês.
Queres que te conte outra vez?
---------------------------------
Lá vai uma,
lá vão duas,
três pombinhas a voar.
Uma é minha
Outra é tua,
outra é de quem a apanhar.

-----------------------------

Nove vezes nove
oitenta e um,
sete macacos e tu és umf
ora eu que não sou nenhum!

------------------------------

O tempo pergunta ao tempo
Quanto tempo o tempo tem.
O tempo responde ao tempo
Que o tempo tem tanto tempo
Quanto tempo o tempo tem




Trava Línguas


Esta burra torta trota
Trota, trota, a burra torta.
Trinca a murta,
a murta brota
Brota a murta ao pé da porta.

-----------------------------------

Um ninho de mafagafas
Com sete mafagafinhos
Quando o mafagafa gafa
Gafam os setes mafagafinhos.
-----------------------------------

A história é uma sucessão sucessivados sucessos que se sucedem sucessivamente.

-----------------------------------

Percebeste?
Se não percebeste,
faz que percebeste
para que eu perceba
que tu percebeste.
Percebeste?

-----------------------------------

Tenho um colarinho
muito bem encolarinhado.
Foi o colarinhador
que me encolarinhou
este colarinho
Vê se és capazde encolarinhar
tão bem encolarinahdo
como o encolarinhador
que me encolarinhou
este colarinho.

------------------------------


Abecedário sem Juízo


A é a Ana, a cavalo numa cana.
B é o Beto, quer armar em esperto.
C é a Cristina, nada fora da piscina.
D é o Diogo, com chichi apaga o fogo.
E é a Eva, olha o rabo que ela leva.
F é o Francisco, come as conchas do marisco.
G é a Graça, ai mordeu-lhe uma carraça!
H é a Helena, é preta, diz que é morena.
I é o Ivo, põe na mosca um curativo.
J é o Jacinto, faz corridas com um pinto.
L é o Luís, tem macacos no nariz.
M é a Maria, come a sopa sempre fria.
N é o Napoleão, dorme dentro do colchão.
O é a Olga, todos os dias tem folga.
P é a Paula, entra de burro na aula.
Q é o Quintino, que na missa faz o pino.
R é o Raul, a beber a tinta azul.
S é a Sofia, engasgada com uma enguia.
T é a Teresa, come debaixo da mesa.
U é o Urbano, que caiu dentro do cano.
V é a Vera, com as unhas de pantera.
X é a Xana, caçando uma ratazana.
Z é o Zé, foi ao mar, perdeu o pé.


Luísa Ducla Soares, A Gata Tareca e Outros Poemas Levados da Breca, Teorema